Aprender a Cultivar Empatia e Compaixão

Aprender a Cultivar Empatia e Compaixão

Cultivando Empatia e Compaixão na Vida Quotidiana

Acredito que você já saiba que a empatia e a compaixão são boas para a sua saúde e você já deve estar a praticá-las.

Para aqueles que acreditam que a empatia e a compaixão são inatas, a boa nova é que podemos aprendê-las com a prática.

No World Happiness Summit ocorrido na Universidade de Miami (USA), em março passado, tivemos a palestra da Dra. Cree Scott.

Em sua tocante sessão interativa, a psicóloga, que é especialista em bem-estar, apresentou várias atividades essenciais para tornar a empatia e a compaixão partes integrantes da maneira como vivemos. É sobre estes aprendizados que escrevo a seguir.

Foram partilhadas algumas práticas connosco e ela começou de imediato a colocar-nos em atividade. Fomos encorajados a fecharmos os nossos olhos e pensar em alguma situação na qual nos sentimos excluídos.

Que tal fazer agora? Como esta situação lhe fez sentir? Quais os pensamentos predominantes que percorreram a sua mente? Qual a estória que você contou para si próprio(a) naquele momento? Como esta situação lhe impactou?

O intrigante foi que ela nos levou para esta situação que causou feridas emocionais em nós e defendeu que estas situações é que nos levam a ativar a empatia. Quando você é capaz de se conectar com alguém, entende como esta pessoa se sente, uma vez que você também experimentou uma situação que lhe causou a sensação de inadequação, exclusão.

Ao exercitar este olhar e se desapegar do vitimismo, começamos a entender o outro com mais amorosidade e o sentimento de leveza que nos invade é muito gratificante para nosso bem-estar emocional e físico.

Outro exercício que fomos encorajados a fazer foi pensar em um momento da nossa vida em que nos sentimos pertencentes e importante para a vida de alguém. Como foi que você se sentiu, quando se percebeu importante para esta certa pessoa?

Aprendi ao longo de minha jornada que o sentimento de pertencimento me faz sentir valorizada, sinto que a despeito das situações, a pessoa estará ao meu lado a me dar suporte, apoio, carinho e estará ao meu lado para me ajudar a atravessar aquele desafio. E para você? Qual o conceito de pertencimento? Quando se sente assim, reconhecido(a) por alguém? Quais situações despertam este sentimento em si?

Qual a diferença entre empatia e compaixão?

No dicionário, uma das definições sobre empatia diz que ela é a “capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer”.

Em suma, ter empatia é se colocar no lugar do outro. O sentimento é bem abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa.

Contudo, a compaixão requer um passo a mais.

Por que a compaixão é tão poderosa? A prática da compaixão demonstrou melhorar nossa saúde, a sensação de bem-estar psicológico, proporciona melhor qualidade nos relacionamentos e nos confere um senso de propósito.

Uma outra psicóloga, a Dra Kely McGonigal, no seu livro “The Science of Compassion”, ensina que os benefícios da compaixão se estendem a quem a oferece, a quem a recebe e a todos aqueles que testemunham a compaixão em ação.

Cada vez mais, os terapeutas estão descobrindo que o ato de compaixão – tanto para consigo mesmo quanto para com os outros – pode levar a um maior bem-estar emocional e físico, maior tolerância ao sofrimento e uma gama mais ampla de respostas eficazes a situações stressantes.

Uma das melhores vantagens dos métodos focados na compaixão é a facilidade com que eles podem ser integrados numa abordagem chamada de Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT - Acceptance and Commitment Therapy) que é comprovadamente eficaz no tratamento de uma série de distúrbios, incluindo dependência, depressão, ansiedade, automutilação, distúrbios alimentares e muito mais. As evidências mostram que os exercícios de atenção plena (mindfulness) e aceitação ajudam os clientes a se conectarem com o momento, descobrirem os seus verdadeiros valores e se comprometerem com mudanças positivas. Mas você sabia que os exercícios focados na compaixão também podem aumentar muito a nossa flexibilidade psicológica?

O Poder de Escolher a Compaixão

A compaixão pode ser uma escolha difícil de fazer – afinal, por que escolhemos deliberadamente adicionar a dor de outra pessoa à nossa? A nossa compaixão não apenas alivia o sofrimento dos outros. O nosso cérebro, coração e toda a fisiologia estão sintonizados para nos apoiar quando tomamos a corajosa decisão de ser compassivos.

A compaixão é um estado incorporado que nos prepara para agir positivamente.

Dra Cree Scott

Fotografia | Cree Scott - World Happiness Summit 2022 ► Autoria de Ana Bacellar

A terceira prática apresentada foi a autocompaixão. O conteúdo é tão rico que decidi escrever sobre este ponto em outro artigo, para que você não fique cansado(a) da leitura.

A última prática partilhada connosco foi “definir uma intenção”. Por exemplo, eu hoje decido ser o mais empática possível para com todas as pessoas que encontrar neste dia. A decisão deliberada de exercitar a empatia ou compaixão, ou a autocompaixão, faz com que o cérebro libere neurotransmissores que nos fazem sentirmo-nos bem e feliz.

Se você não acredita nesta simples prática, teste! Seja compassivo(a); faça um ato de gentileza a alguém; deixe claro para alguém que você entende a situação que a pessoa atravessa e lhe ofereça suporte emocional, um abraço, um silêncio em conjunto. Você decide.

Ajudar os outros é sempre uma forma super efetiva de aumentarmos o nosso estado de bem-estar e felicidade.

Eu super recomendo!!!

O que aprendemos com tudo isso é que podemos desenvolver a nossa capacidade de generosidade, empatia e bondade e nos tornarmos uma força compassiva no mundo.

Viva com_paixão!


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