O que esperar da Arquitetura Residencial Pós-Pandemia?
Se a integração do espaço doméstico já era algo apontado, será que o tempo pós-pandémico indicará de uma vez por todas o abandono do modelo tripartido residencial, no qual não existe conexão direta entre os cómodos? Pergunta ainda sem resposta, é quase certo que ter a cozinha com visão plena ajuda muito a cozinhar enquanto olha as crianças brincando na sala.
O hall de entrada certamente ganhou novo uso com a Covid-19, sendo o primeiro contacto com a casa ele se mostra o melhor lugar para higienização das mãos, além de guarda volumes e troca de sapatos.
A mudança para revestimentos de fácil higienização e a procura por construções mais sustentáveis mostra que um lar saudável é fundamental para o bem estar.
Tanto tempo em casa certamente aponta que espaços apenas funcionais não são suficientes, é necessário conforto e praticidade, assim espaços para exercícios físicos, "home office" e o brincar devem ter demanda maior nos projetos. Ainda que somente algumas das empresas migrem totalmente para o "home office", o modelo hibrido de trabalho aponta como uma aposta possível, coisa que antes não era nem mesmo pensada.
O futuro mostra um aumento ainda maior da tecnologia, ambientes inteligentes com lâmpadas, cortinas, torneiras e portas automáticas, mudanças na relação em como acessamos o ciberespaço. Entendo os danos que redes sociais e excesso de tecnologia podem trazer à saúde mental e física. Uma relação afetiva com o espaço doméstico pode ser fundamental para o bom desempenho das obrigações com e no lar e a busca dela segue incansável.
Porém, se de um lado temos o avanço tecnológico do outro ainda seguimos com a desigualdade social que em maior ou menor grau os países nutrem e assim a camada da população que receberá essa tecnologia de forma tardia muito provavelmente será a classe baixa, assim colocando em questão:
Como tornar a tecnologia mais acessível de forma mais horizontal?
