Viagem pelo património cultural italiano
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Dia 2...

A Cidade-Eterna guarda segredos que nos transportam pelos séculos num ápice, desde o passado imperial até à afirmação do cristianismo romano. Explorar as basílicas papais e os museus do Vaticano é garantir uma relação inesquecível com a arte amorosa de mestres universais, atingindo, com a Capela Sistina, o paraíso de, Rafael, Botticelli e Michelangelo.

Roma é a única cidade onde cabe um Estado, o mais pequeno de todos, o Vaticano, de onde emana o poder da fé de milhões de pessoas à volta do globo, que vêm na figura do Papa o sucessor de S. Pedro e garante da preservação da Igreja Católica. O segundo dia do roteiro por Itália arranca com a visita à mais antiga das quatro basílicas papais de Roma e primeira sede pontifícia, a Arquibasílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão, mas, claro, mais conhecida como a basílica de S. João de Latrão. Construída por Sêxtio Laterano (primeiro plebeu romano a atingir a dignidade de cônsul), foi doada por Constantino a Silvestre I em 324, transformando o antigo Palácio Laterano na basílica que guarda a cátedra do bispo de Roma (outro título atribuído ao Papa). Modificada ao longo dos séculos, apesar da sua fachada ser eminentemente barroca e neoclássica, muito do seu interior conserva a traça iconoclasta da igreja primitiva, com esculturas setecentistas dos apóstolos em estilo rococó, onde destaco, com toda a parcialidade, a de Santiago Maior, que se encontra próximo da cripta onde se veneram as relíquias do seu irmão, João Evangelista.

Vaticano

Fotografias de Artur Filipe dos Santos | 1 ► A Fachada neolássica da basílica de S. João de Latrão. 2 ► Batistério de Latrão. 3 ► Urna-relicário de Cristal, da autoria de Giuseppe Valadier, onde se encontra o pedaço de madeira da manjedoura do Menino Jesus. 4 ► A Cátedra do Bispo de Roma.         

No seu exterior, vale a pena destacar o mais antigo batistério do cristianismo, conhecido como Batistério de Latrão, e ainda o Obelisco Laterano, construído no tempo de Tutemés III. Localizado originalmente no Templo de Amom, em Carnaque foi trazido para Roma por Constantino, cotando-se como o maior obelisco egípcio antigo ainda em pé do mundo, sendo também o mais alto obelisco de Itália.

A jornada matinal continua, desta feita na Basílica Maior de Santa Maria Maggiore, a primeira dedicada a Nossa Senhora. Obra do séc. V, o seu interior impressiona pela riqueza dos mármores, com destaque para a “Cripta da Natividade”, onde, segundo a Igreja Católica se encontra guardado um pedaço de madeira da manjedoura do menino Jesus. Nesta cripta encontra-se também o túmulo de S. Jerónimo, um dos mais importantes doutores da Igreja, responsável pela primeira tradução da Bíblia do grego para o latim.

É preciso uma manhã para conhecer S. João de Latrão e Santa Maria Maggiore e uma tarde inteira para conhecer os museus do Vaticano. Inaugurados em 1506, são sete museus ao todo e em que se podem conhecer algumas das mais importantes obras artísticas conservadas pela Santa Sé. Nestes podem-se encontrar artes de origem egípcia, grega e etrusca, na Pinacoteca Vaticana os grandes vultos do Renascimento Italiano como Giotto, Leonardo da Vinci, Botticelli e Caravagio e Rafael (este último com uma sala dedicada à sua obra).

A visita aos museus termina no Palácio Apostólico. No seu interior, a indescritível Capela Sistina deixa-nos sem palavras. É fácil cair num estado vegetativo a olhar para tanta beleza que sobressai desde que, em 1999, foi inaugurado o longo processo de restauro dos frescos de Michelangle, Botichelli e Rafael. Vale a pena descobrir sempre com um historiador ou guia credenciado pela Santa Sé, de forma a entrar em contacto com as curiosidades que escondem esta joia renascentista, como por exemplo os pequenos blocos de pintura que os conservadores mantiveram por restaurar, para que os visitantes pudessem conhecer o antes e depois do processo de restauro e como a passagem do tempo pode ser prejudicial para a eternização de obras intemporais

cripta da Natividade

Fotografia de Artur Filipe dos Santos |  À esq. Imagem da cripta da Natividade, onde se encontra uma escultura do Papa S. João Paulo II. À dir. Baldaquino onde se encontra o trono do Papa, autoria de Lorenzo Bernini.

Aquela capela que vemos na televisão sempre que um novo conclave se reúne para escolher o futuro pontífice é o ponto alto de um dia que não termina sem a visita à Basílica de S. Pedro, onde se encontra o trono do fundador da igreja, com seu túmulo a fazer companhia a dezenas de papas que encontram na cripta vaticana a sua última morada. Financiada a sua construção à base de indulgências, demorou cento e vinte anos para ser consagrada, em 1626, pelo Papa Urbano VIII. O gigantesco baldaquino projetado por Lorenzo Bernini e a Pietá de Michelangelo merecem o centro das atenções a par de uma das maiores cúpulas do mundo (a mais gigantesca é, na verdade a do Panteão Romano).

Frei Fernando Ventura acompanhado pelo Prof. Artur Filipe dos Santos e por Paulo Marques

Frei Fernando Ventura acompanhado pelo Prof. Artur Filipe dos Santos e Paulo Marques.

O anoitecer guardou uma surpresa de última hora, o encontro com o reconhecido teólogo e filósofo, o amigo frei Fernando Ventura, para alegria dos estudantes da Universidade Sénior Contemporânea e logo no centro de outra das grandes obras de Lorenzo Bernini, a Praça de S. Pedro.


Imagem de capa gerada com IA.


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