Roteiro pelo património cultural italiano
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Roteiro pelo património cultural italiano

Dia 1...

Itália é um país fundamental quando o objetivo é explorar alguns dos mais notáveis exemplos do património cultural europeu e ocidental. Durante uma semana realizei um roteiro por alguns dos destinos transalpinos mais surpreendentes, regressando a lugares como Roma, Florença, Assis ou Veneza, aproveitando ainda para estudar, pela primeira vez, Ravena e Verona.

Itália

Fotografias de Artur Filipe dos Santos | 1 - Fontana de Trevi. 3 - Panteão. 2 e 4 - Igreja dos Santos Apóstolos.

Ser divulgador do património cultural não passa apenas por escrever artigos é preciso dar a conhecer as joias da herança universal em cada lugar para que se sinta a atmosfera e os cheiros, é preciso viajar às cidades para sentir o pulsar das gentes, cruzar aldeias para garantir a preservação de legados ancestrais. 

Nas minhas visitas de autor (que carinhosamente já apelidaram de “aulas sobre rodas e pés”) tenho a oportunidade de levar alguns dos melhores seres humanos que conheço pela minha espécie de transe académico, sempre que conduzo, por exemplo, os alunos da Universidade Sénior Contemporânea do Porto (os melhores alunos e alunas do mundo, como muitas vezes os intitulo) e grupos de muitas organizações com quem tenho o grato prazer de colaborar na dinamização de roteiros por esse país e mundo afora. O último desses foi precisamente com a “Contemporânea”, e logo por alguns dos mais extraordinários exemplos do património arquitetónico e artístico da humanidade, confiados à guarda da milenar “bota” banhada pelos mares Tirreno (a oeste), Adriático (a leste), o Mediterrâneo e o Mar Jónico a sul.

O itinerário começou logo em grande, na “Cidade Eterna” rasgada pelo rio Tibre. O foco: a Itália Romana e Pontifícia. Assim, a marcha por Roma (sem cruzar o Rubicão) incidiu, sobretudo, nos lugares que guardam o passado imperial e o património sob a alçada da Igreja Católica.

Fórum Romano

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Fórum Romano.

A descoberta da cidade imperial começou a partir dos fóruns Romano e Trajano, as termas de Caracala ou o imponente arco de Constantino (imperador que salvou o cristianismo da clandestinidade) que se encontra paredes-meias com o anfiteatro Flaviano (mas que todos conhecem como o Coliseu, construído onde outrora foi o Palácio Dourado de Nero), que, nos seus tempos de “pão e circo”, chegou a receber representações de batalhas navais, para além das lutas de gladiadores.

Monumento a Vitor Emanuel II

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Monumento a Vitor Emanuel II.

A poucos passos, na Piazza Venezia, um outro edifício não passa despercebido, apesar de construído há relativamente pouco tempo: o Vittoriano, um colossal monumento feito de mármore branco de Bréscia, edificado em homenagem a Vítor Emanuel II, o rei unificador da Itália. 

Inaugurado em 1935, no auge da propaganda fascista, domina o monte Capitolino, possibilitando a quem subir aos telhados do gigantesco “bolo de noiva” (como caricaturam os habitantes de Roma) uma autêntica vista de 360 graus dos céus da cidade. 

Deixando a Praça de Veneza rumo à célebre Fontana de Trevi, impossível não referir a basílica dos Santos Apóstolos, anteriormente dedicada a Santiago Menor (ou o Justo) e a São Filipe. As esculturas que dignificam o edifício que antecede a entrada do templo construído no séc. XV por ordem do papa Martinho V são surpreendentes pelo caráter introspetivo que procuram transmitir.

Fonte de Trevi

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Fonte de Trevi.

E, de repente, um mar de gente alerta-nos que chegamos à famosa Fontana de Trevi, povoada de turistas ansiosos por captar a melhor foto “instagramável” possível, se possível captando o tradicional ritual de atirar, de costas, uma moeda para o gigantesco tanque da fonte desenhada primeiramente por Bernini, mais tarde embelezada com uma toada barroca a cargo de Nicola Salvi, com as surpreendentes esculturas do Oceanus (ladeado pelas figuras femininas da Abundância, à esquerda, e a Saúde, à direita) e cavalos dominados por tritões da autoria de Pietro Bracci e do seu filho. E, já agora, o que acontece à montanha de moedas que, todos os dias, vão parar ao fundo da fonte? Estas são recolhidas ao final do dia e oferecidas pelos serviços municipais à Caritas.

Panteão

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Panteão.

A noite toma conta da cidade eterna e é por essa altura que o Panteão, obra edificada no séc. II pelo imperador Adriano, no lugar onde se encontrava um anterior, mandado construir por Marco Vipsânio Agripa.

Não muito longe adentramos numa outra praça emblemática, a Piazza Navona, com a sua Fonte dos Quatro Rios, que recorda os maiores cursos dos continentes que se conheciam por alturas da instalação deste monumento, entre 1648 e 1651: o Rio Nilo, em África; o Ganges, na Ásia, Rio da Prata, na América e, finalmente, o Danúbio, na Europa. Vale a pena destacar, ainda nesta praça, o belo palácio Carpegna, de estilo maneirista.

Super Mário

Fotografia de Artur Filipe dos Santos

E porque uma viagem não é só feita de património, mas também de forrar o palato e estômago, é hora de entrar no restaurante Al Fagianeto, à procura das pastas com ou sem pommodoro, pizzas e outras coisas mais da típica gastronomia italiana, numa casa aberta desde 1920, agora a cargo do atual patriarca da família, conhecido como o “Super Mário, o último gladiador de Roma” (por ter sido pai de nove filhos, entre os quais oito rapazes). Amanhã esperam-nos as basílicas maiores de S. João de Latrão, de S. Pedro e os Museus do Vaticano.


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