“A guerra não é a solução, a guerra é um problema”
O Conselho de Segurança reuniu-se para uma sessão ministerial sobre a situação na Ucrânia. O 24 de fevereiro marca um ano do início da invasão russa ao país.
“A guerra não é a solução, a guerra é um problema”
António Guterres
Com um ano de conflito, Guterres mencionou a destruição de infraestrutura civil, o número crescente de vítimas, os choques económicos, a crise de refugiados e humanitária, diversas situações que causam um cenário “infernal” à população.
António Guterres, refere que esta pode ser “a pior guerra desde o início do século”, com consequências trágicas e impactos globais imprevisíveis.
O secretário-geral da ONU repetiu o seu apelo à Rússia para retirar as tropas da Ucrânia.
Além disso, Guterres pediu o fim dos ataques às áreas civis e o acesso desimpedido e seguro para as equipes de ajuda humanitária.
O secretário-geral salientou a necessidade de suporte para a recuperação e reconstrução do país e lembrou importantes ações da ONU, como a missão da Agência Internacional de Energia Atómica em Zaporizhzhia para monitorar a segurança da maior instalação nuclear da Europa.
Guterres mencionou que no ano passado, o Conselho realizou mais de 40 debates sobre a Ucrânia. Ele expressou que “as armas estão falando”, mas que todos reconhecem que o caminho da diplomacia e da responsabilidade é o único para uma paz justa e sustentável.
O secretário-geral pediu que se evite uma nova escalada na violência e repudiou as ameaças do uso de armas nucleares.
Guterres diz que é preciso fazer todos os esforços significativos para acabar com o “derramamento de sangue” e dar uma chance à paz.
Números: um ano de guerra
No discurso, o secretário-geral da ONU partilhou os principais impactos gerados pela guerra na Ucrânia:
► 40% da população precisa de ajuda humanitária – 17,6 milhões de pessoas;
► Perda de 30% de vagas de emprego;
► 40% dos ucranianos não possuem renda para comprar comida;
► Mais de 8 milhões de refugiados e 5,4 milhões de deslocados internos – maior crise de deslocamento em décadas;
► Mais da metade das crianças ucranianas foram forçadas a deixar suas casas, às vezes desacompanhadas e expostas ao risco de exploração, violência e abuso;
► Destruição de infraestrutura civil – 700 instalações de saúde e 3 mil escolas;
► Impacto na saúde mental de cerca de 10 milhões de pessoas, incluindo 7,8 milhões de crianças em risco de stresse pós-traumático.
Presente na sessão, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia, que foi seguido pelo pedido do embaixador da Rússia, Vassily Nebenzia, que solicitou uma homenagem aos mortos em seu país.
Fonte | Nações Unidas
Fotografia | UNclimatechange
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