De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen
De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen
De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen
De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen
De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen
De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen

De Arromanches-les-Bains à mítica cidade de Rouen

Uma Viagem pelo Património Cultural da Bretanha e da Normandia: parte II

Arromanches-les-Bains fica mesmo ao lado! Nesta pequena vila piscatória podemos encontrar o museu do Desembarque, inaugurado a 05 de junho de 1954, precisamente dez anos após o desembarque da Normandia.

Museu do Desembarque

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Museu do Desembarque, Arromanches le-Bain.

Após o desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia, Arromanches-les-Bains foi escolhida como o local ideal para a construção do porto artificial Mulberry B, permitindo o desembarque de tropas e suprimentos diretamente na costa francesa.

A construção do porto foi um empreendimento monumental, envolvendo milhares de trabalhadores e uma vasta quantidade de materiais de construção.

Apesar de ter sido originalmente projetado para ser utilizado por apenas algumas semanas, o porto de Mulberry B permaneceu em operação por mais de oito meses e foi fundamental para o sucesso da campanha na Normandia.

Hoje em dia, os restos do porto ainda podem ser vistos em Arromanches-les-Bains, incluindo as ruínas dos cais e das barcaças que compunham o porto artificial.

Um pouco mais a sul descobrimos a cidade de Baieux, famosa pela sua tapeçaria datada do séc. XI. Reconhecida em toda a França, a Tapeçaria de Bayeux é um dos manufactos mais importantes da história medieval europeia.

Tapeçaria de Baieux
Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Tapeçaria de Baieux.

Trata-se de um tecido bordado de 70 metros de comprimento e 50 centímetros de largura, que narra, em ricos detalhes, a conquista da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador, em 1066. Composta por 58 cenas, contam a história desde a preparação para a invasão até a Batalha de Hastings e a coroação de Guilherme como rei da Inglaterra.

Fonte valiosa de informação sobre a vida e a cultura na Europa medieval, as cenas presentes na tapeçaria de Baieux são ricamente detalhadas e apresentam centenas de personagens, animais e objetos. Crê-se que a tapeçaria (bordada em pano de linho com lã colorida) terá sido encomendada pelo meio-irmão de Guilherme, Odo de Bayeux, que era bispo da cidade na época. Acredita-se que a tapeçaria tenha sido produzida na Inglaterra ou na Normandia, entre 1070 e 1080.

A escassa meia hora encontra Caen, uma das cidades mais fustigadas pela Segunda Guerra Mundial. Fundada pelos romanos no século I a.C. teve um papel importante na história da França, sobretudo na luta contra os ingleses, no período conhecido como a Guerra dos Cem Anos.

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Abadia aux Hommes, em Caen.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi amplamente destruída pelos bombardeios, com muitos dos seus edifícios históricos reconstruídos desde então.

Entre as atrações turísticas de Caen vale a pena destacar a Abadia de Saint-Étienne, também conhecida como a Abadia aux Hommes, fundada no século XI por Guilherme, o Conquistador, a Abadia de Sainte-Trinité, ou Abadia aux Dames, fundada pela esposa de Guilherme, Matilde da Flandres, e, ainda, o Castelo de Caen, construído pelos duques da Normandia no século XI.

A cidade guarda também um museu evocativo da Segunda Guerra Mundial, o Musée Memorial de Caen, dedicado ao conflito em geral e à batalha da Normandia com particular profundidade.

Aventurando-nos cada vez mais em território normando alcançamos a cidade de Honfleur, onde o rio Sena alcança o mar, depois de uma viagem de 770 quilómetros, que o curso conhece desde a sua nascente, em Côte-d’Or.

Situada na margem sul do mais importante rio francês, Honfleur tem uma longa história como porto comercial e de pesca.

Interior da Igreja de Santa Catarina de Alexandria de Honfleur

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Interior da Igreja de Santa Catarina de Alexandria de Honfleur.

Lar de muitos edifícios históricos, é a igreja de Sainte-Catherine, reconhecida como a maior igreja de madeira da França, que atrai mais atenções.

A cidade também é famosa pelos seus antigos armazéns de sal, que foram convertidos em galerias de arte e lojas de artesanato.

Honfleur ficou mundialmente conhecida através das várias obras que o impressionista Claude Monet lhe dedicou.

Contornando o Parc naturel régional des Boucles de la Seine Normande, a leste de Honfleur, encontramos a última paragem deste périplo pelo património da Bretanha e Normandia: a mítica cidade de Rouen, importante entreposto comercial durante a Idade Média, palco do julgamento e execução de Joana d'Arc em 1431.

Também Claude Monet encontrou inspiração nos monumentos de Roeun, com ênfase para a Catedral gótica de Notre-Dame, cuja construção iniciou em 1030, concluída quase 400 anos mais tarde, em 1506.

Notre-Dame de Rouen

Fotografia de Artur Filipe dos Santos | Notre-Damme de Rouen

Refira-se, como curiosidade, que Notre-Dame de Rouen é a mais alta de todas as catedrais góticas gaulesas.

Vale a pena pisar as ruas do centro histórico, com especial realce para a Rue du Gros Horloge e a Place de Vieux Marché.

Antes de regressar a casa, não deve perder a oportunidade de provar o famoso queijo Neufchâtel ou o típico bolo de amêndoa de Rouen, para terminar de forma doce uma viagem que se deseja inesquecível.


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