Era uma vez um pequeno grande!
Se há carros que dispensam apresentações, o Mini é certamente um deles. Com um legado de 63 anos, este ícone da indústria automóvel ainda consegue encantar as novas gerações… É caso para dizer: Um verdadeiro pequeno grande carro!
Tendo como pano de fundo a crise do petróleo (crise de Suez) que também se fazia sentir na Europa, o conceito nasce em 1957 na cabeça de Leonard Percy Lord, o presidente da British Motor Corporation (BMC). Lord desafia o engenheiro Sir Alec Issigonis para desenhar um automóvel que conseguisse acomodar 4 pessoas de forma confortável, que não ultrapassasse os 3 metros de comprimento e, acima de tudo, tivesse um consumo de combustível económico.
Na altura não era uma missão fácil, mas a genialidade de Sir Alec fez nascer em 1959 o Mini Mark I, o pequeno carro que iria revolucionar a indústria automóvel.
No Reino Unido, os primeiros modelos foram comercializados sob o nome Austin Seven (SE7EN) e Morris Mini-Minor enquanto noutros países eles apareciam como Austin 850 e Morris 850.
Um verdadeiro carro Inglês com carroçaria monobloco, não esquecendo a sua característica grelha frontal em formato de “bigode farto” (muito British).
O tamanho do motor originalmente proposto era de 948 cc (seguindo outros modelos marca), no entanto o presidente da BMC achava que a velocidade máxima de 140 km/h era excessiva para um carro tão pequeno e, optou por reduzir a capacidade do motor para 848 cc, assim o Mini não ultrapassaria os 116 km/h. Graças à tração dianteira e ao motor disposto transversalmente, foi possível obter um design compacto, mas acima de tudo tornar o habitáculo mais espaçoso.
O Mini não só convenceu, como rapidamente virou moda, tornando-se numa espécie de embaixador da juventude, da irreverência e dos 60´s com a sua pitada “qb” de “peace and love”. Exemplo disso é o facto de que todos os elementos dos Beatles, no auge das suas carreias, eram orgulhosos donos de um Mini:
► John Lennon: Mini Cooper Preto com vidros fumados;
► George Harrison: Mini Cooper Preto;
► Paul McCartney: Mini Cooper verde;
► Ringo Starr: Mini Cooper maroon.
Uma viatura que convenceu os Beatles, que conquistou a simpatia da Rainha e que fez várias aparições no cinema, só poderia trilhar o caminho do sucesso.
Em 1960, John Cooper um herdeiro de uma empresa especializada em automóveis para competição e amigo de Sir Alec foi atraído pela agilidade e maneabilidade do veículo. Dessa atração resultou uma parceria que implementou algumas modificações no Mini (acrescentando “Cooper” ao nome) levando a que o carro vencesse em 1964 o rali de Monte Carlo.
Nesta história, tal como em todas as outras, nem tudo foram rosas, a década de 70 e de 80 não foram certamente memoráveis, principalmente devido ao desaparecimento da Austin e das Morris, tendo a Mini em 1994 integrado o grupo BMW. Nos 7 anos subsequentes foram mantidas os traços que caracterizaram a viatura, contudo, com a entrada no século XXI, o Mini passou a designar-se por MINI (em maiúsculas), de forma a estabelecer uma fronteira clara entre o tradicional e a nova era. Em 1999, o Mini foi considerado o segundo carro mais influente do século XX, tendo apenas ficado atrás apenas do mítico Ford T. Sem dúvida um invejável e merecido título para este pequenino.
Mantendo o seu espírito de jovem rebelde, os novos MINI para além das maiúsculas e de terem crescido 60 cm de comprimento e 30 cm de largura, ganharam um nível de conforto e de segurança nunca antes visto.
Em 2001, a marca com 42 anos de vida, conseguindo manter o DNA original mas ao mesmo tempo encorporando a tecnologia, segurança e o conforto que os tempos modernos exigem, conseguiu novamente voltar ao êxito outrora vivido. O recém sucesso levou a que surgissem mais tarde a versão cabrio, a SUV countryman, a familiar Clubman, o Roadster, o Coupé e a mais recente e sustentável versão elétrica.
Do famoso Mini do Mr. Bean aos modelos que circulam no presente, o MINI continua a respeitar a bandeira de sua majestade, mantém o caráter e continua a conquistar o coração de muitos!
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