Mente Positiva ou Atitude Negativa?
É certo que adoramos falar dos outros, criticar… Acima de tudo!
Suspeito que seja um “vício”, algo cultural que já há muito está entranhado nos cérebros Portugueses.
É verdade que já fomos piores, nos tempos em que éramos ainda mais católicos e que ainda não vivíamos todos nos dois grandes centros urbanos. Com a evolução dos tempos normalmente as mentalidades mudam, mas quando o assunto é “uma boa fofoca” poucos são os que resistem. Prova disso é o sucesso que as plataformas e revistas ditas “cor-de-rosa” têm (sobrevivem a cuscar a vida alheia). São reis dos cliques, tal é o tráfego que há quem defenda que precisam de ter semáforos virtuais.
Na “Draft” estou à vontade para falar, aqui não há telhados de vidro, pelo que conheço desta revista, posso afirmar de forma convicta que a vida privada das celebridades (e/ou pseudo) não tem espaço nem relevo, no que diz respeito à “cusquice”. Perdem-se muitos cliques com essa postura ética, mas a seriedade e o profissionalismo não têm preço.
O que me interessa que o Ronaldo tenha comprado um porta-chaves com a letra R? Serei mais feliz por ter essa informação?
A vida alheia é sempre tão interessante principalmente quando surgem problemas, traições, divórcios, enfim tragédias no geral. Adoramos falar mal do outro, parece que ao fazê-lo sentimo-nos melhores e acima de tudo seres superiores.
Hoje não é minha intenção falar dos mexericos ou dos seus profissionais, os coscuvilheiros, interessa-me mais as reflexões que deveríamos fazer sobre nós próprios. De tempos a tempos era útil e saudável analisar a nossa postura, fazer um ponto de situação da nossa personalidade. Que marido sou? Que tipo de pai sou? Como têm sido as minhas atitudes de filho para com os meus progenitores? Sou um bom amigo? Sou uma pessoa justa? As minhas atitudes fazem-me sério e fiável aos olhos dos outros?
Uma verdadeira autocrítica com uma periodicidade mensal seria o desejável. Porque não o fazemos? Por um lado porque é difícil, por outro é pouco objetivo, talvez no meio dos mil afazeres do dia-a-dia nem nos lembremos de tal. Se o grande objetivo é evoluirmos como pessoa, estamos em permanente melhoria (tal como no mundo empresarial), garanto-lhe que vale a pena.
Numa das suas autoanálises surge uma pergunta: Sou uma pessoa positiva ou negativa? Tenho tendência a ver o pouco de bom que há em tudo ou apenas a parte má das coisas e das situações? Para mim o copo está meio cheio ou meio vazio?
Deixo-lhe algumas pistas para que possa chegar a uma conclusão.
A pessoa negativista...
Seja qual for a situação em concreto, a típica pessoa negativista vê sempre o lado mau, as desvantagens, a malícia, a tristeza, o stress e a depressão.
O verdadeiro negativista não se deixa levar por fantasias nem por falsos otimismos, as barreiras são e serão sempre maiores do que as possíveis vantagens.
Parece que quanto mais dizemos palavras negativas, pensamos de forma negativa ou convivemos com pessoas que nutrem essa energia, tudo tem tendência para piorar.
A pessoa positivista...
A pessoa positivista é muito diferente, vê sempre o lado bom, a vantagem, a bondade, a sabedoria, a alegria, o resultado e a realização. A positividade é uma conquista diária, o positivista faz o que gosta, da forma como gosta, vive onde quer. Por norma são pessoas que usufruem mais da sua liberdade pessoal. As energias positivas muitas vezes confundem-se com felicidade exagerada, o que nem sempre é verdade. Muitas vezes estas pessoas são apelidadas de “hippie”, “tolinho” ou mesmo “pateta alegre”, o que não é mais do que um insulto. A verdade é que não é fácil ter pensamentos positivos quando tudo corre mal, exige um esforço contínuo, mas desistir não faz parte do vocabulário destas pessoas.
Tanto o negativista como o positivista atraem os seus semelhantes.
Pessoalmente acho que não temos de ser nenhum dos dois. Porque não sermos uma espécie de seres “híbridos”?
Para poder estar no controlo, o pessimismo é necessário, pois estimula a que tome medidas de precaução e a ter planos alternativos. Já o otimismo é o que o vai motivar a agir, investir, portanto servirá de combustível para avançar. Diria que se um é o travão, o outro é o acelerador. Conhece alguma viatura que não tenha os dois?
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