O papel cardioprotetor da testosterona!

O papel cardioprotetor da testosterona!

Reposição Hormonal...

A testosterona é um dos principais hormónios do corpo humano, tanto em homens quanto em mulheres. Ela é produzida a partir do éster do COLESTEROL (por isso conhecida como um ESTEROIDE), necessitando, para a sua síntese, do estímulo de outro mediador, o hormónio luteinizante (ou L.H.).

A substância foi isolada no princípio do século passado e, desde então, se reconheceu que regulava inúmeros importantes aspetos da fisiologia humana, tais como a libido sexual, o peso corporal, a distribuição de gordura, a massa muscular, a massa óssea, além do metabolismo das gorduras.

No entanto, uma das mais importantes ações deste hormónio é a proteção cardiovascular. Com o envelhecimento, os seus níveis sanguíneos tendem a cair, resultando no aumento do risco de eventos cardio e cerebrovasculares.

Listo, abaixo, alguns eventos outrora descritos em trabalhos científicos relacionados a este importante hormónio:

Após os cinquenta anos de idade, homens têm risco cardiovascular mais alto do que mulheres.

► A redução do nível de testosterona está associada com a aceleração da aterosclerose (placas de gordura nos vasos sanguíneos) tanto em animais quanto em humanos.

► A terapia de reposição de testosterona para alcançar níveis fisiológicos normais melhora sintomas de angina do peito e insuficiência cardíaca em homens com hipogonadismo.

► Baixos níveis de testosterona são marcadores de aumento de eventos cardiovasculares e todas as causas de mortalidade por tais doenças.

Assim, em Medicina, já não mais existem controvérsias quanto à necessidade de reposição de testosterona em indivíduos portadores de sinais clínicos e evidências laboratoriais de hipogonadismo. Tal reposição deve acontecer, ser individualizada e respeitar a fisiologia de cada pessoa.

Não se deve confundir este tipo de abordagem da utilizada por atletas para ganho de performance. Neste último caso, não se procura a correção de uma disfunção, mas sim o uso supra fisiológico de uma hormora que, nestas situações, poderá não reduzir, mas sim aumentar os riscos de eventos adversos, inclusive os cardiovasculares.

Autor | André Luís de Castro

Fotografia de capa | Bokskapet