Patrícia Mamona Traz Medalha de Prata
Patrícia Mamona é medalha de prata nos Jogos Olímpicos, ganha em Tóquio 2020, num espetacular concurso do triplo salto em que bateu por duas vezes o recorde nacional. Este é o segundo pódio olímpico conquistado pela Equipa Portugal no Japão e o 26.º da história do desporto português.
Quando Patrícia Mamona entrou no Estádio Olímpico para a final do triplo salto feminino a sua melhor marca eram 14,66 metros. Algumas horas depois saiu como vice-campeã Olímpica e com um novo recorde nacional acima da mítica barreira dos 15 metros – 15,01 metros. Foram 35 centímetros a mais que a anterior marca e o seu nome inscrito na Fama Olímpica.
O concurso começou bem: Patrícia saltou 14,91 metros, o que já seria um novo recorde, e colocou-se logo no 2.º lugar da classificação. Depois foi gerindo o concurso e entre um salto menos conseguido e um salto nulo, foi no quarto ensaio que conseguiu os 15,01 metros. Recorde nacional pulverizado novamente, o pódio parecia já não fugir. Na frente da prova esteve sempre a venezuelana Yulimar Rojas, que no último ensaio ainda teve fôlego para um recorde do mundo: 15.67 metros. No terceiro lugar ficou a espanhola Ana Peleteiro, que conseguiu na quinta tentativa 14,87 metros.
Felicidade, satisfação e muito orgulho foram as primeiras reações após a conclusão da prova:
“Esta competição é especial para todos nós, atletas, e na minha cabeça o foco era só dar o meu melhor, saltar o mais possível. Era o momento decisivo e só pensava como podia saltar ainda mais para sair daqui mesmo estafada. Saio daqui muito feliz! Espero abrir portas para o desporto feminino, ser uma inspiração para as próximas gerações.”
Patrícia Mamona
Andebol: A Equipa Portugal perdeu (30-31) com o Japão na 5.ª e derradeira jornada do grupo B e ficou fora dos quartos-de-final, classificado no 5.º lugar.
Num jogo disputado às 9 horas, Portugal esteve durante a maior parte do tempo em desvantagem no marcador, tendo chegado ao intervalo a perder por dois golos (14-16). Na segunda parte reagiu e chegou a comandar em diversas ocasiões, a última aos 29-28, mas depressa os japoneses recuperaram e adiantaram-se até aos 31-29.
Portugal reduziu e dispôs de oportunidade para empatar a 31 - resultado que lhe daria o passaporte para os quartos-de-final -, mas a bola acabou perdida na linha de fundo.
O comentário do selecionador nacional, Paulo Jorge Pereira:
"Jogando (...), com japoneses, eu sabia que isso podia ser um fator pernicioso para nós. Não foi feita uma adaptação como deve ser. Depois foi um culminar de situações: cometer erros que habitualmente não cometemos e falhas técnicas acima do que é normal. Acabámos por não conseguir manter o nível que trazíamos de há uns anos a esta parte e tivemos o que merecemos."
5 centímetros! Foi esta a distância que separou Auriol Dongmo da medalha de bronze no concurso de lançamento do peso, na sua primeira participação Olímpica pela Equipa Portugal. Com cinco dos seis lançamentos acima de 19 metros, a portuguesa abriu a 19,29 metros, tendo conseguido a melhor marca no quarto ensaio, com 19,57 metros. Mas Valerie Adams da Nova Zelândia já tinha marcado 19,62 metros, a americana Raven Saunders também (viria ainda a melhorar para 19,79) e a chinesa Lijiao Gong já ia destacada na liderança, tendo fechado o concurso com a melhor marca a 20,58 metros.
A lançadora portuguesa terminaria o concurso em 4.º lugar, a centímetros da medalha Olímpica e no final o sentimento era de tristeza:
“Estava a sentir-me bem no aquecimento, mesmo com o calor. Dói-me ficar em 4.º lugar. Estive focada até ao fim porque sei que o melhor [resultado] pode sair em qualquer lançamento. A única coisa que posso fazer agora é continuar a trabalhar.”
Auriol Dongmo