
Ser ou parecer?
Mais importante do que estarmos na moda ou seguirmos tendências, é sentirmo-nos confortáveis na nossa pele, com o nosso verdadeiro eu. Gostarmos de nós, sentirmo-nos confiantes e termos uma boa autoestima são fatores extremamente importantes para termos uma boa imagem. Se gostarmos de nós, com toda a certeza que os outros também irão gostar e iremos causar uma excelente primeira impressão.
Ao sentirmo-nos confiantes com a imagem que comunicamos e ao demonstrarmos coerência entre quem somos e quem mostramos ser, adquirimos credibilidade junto dos intervenientes no ambiente social e profissional nos quais nos inserimos.
A imagem pode variar consoante a situação ou contexto, mas o mais importante é sentirmo-nos confortáveis em todos os momentos do nosso dia-a-dia. Se, por exemplo, não nos sentirmos confortáveis com a roupa que vestimos, os outros irão perceber e poderá gerar-se uma situação de desconforto que deve ser sempre evitada. Essa situação de desconforto poderá descredibilizar-nos e naturalmente que irá influenciar-nos em termos de confiança e autoestima, que serão consequentemente afetadas.
É importante preocuparmo-nos com a imagem, mas há que manter um equilíbrio. Tudo o que é em demasia, pode ser prejudicial. Devemos ter sempre em consideração o contexto no qual nos inserimos, sem perder de vista a nossa identidade.
Hoje em dia há uma tendência para uma excessiva preocupação com a imagem: ter um corpo perfeito, vestir roupas mais caras ou de determinadas marcas que conferem status ou até mesmo mantermo-nos eternamente jovens, com receio do surgimento de rugas ou dos cabelos brancos. Há que ter em atenção que essa procura incessante da perfeição pode ter efeitos prejudiciais na saúde, que podem manifestar-se física e/ou psicologicamente sob a forma de ansiedade ou outras doenças.
Querer ser aceite pelos outros faz parte da natureza humana, principalmente durante a adolescência, integrando um ou mais grupos com os quais nos identificamos. No entanto, jamais deveremos abdicar de quem realmente somos ou anular a nossa personalidade apenas para agradar os outros ou para desfrutar de um sentimento de pertença a um grupo, contexto ou lugar.
O ideal será assumirmos uma imagem pessoal, única e em harmonia com a nossa personalidade, valores, crenças e objetivos. Para tal, o vestuário que escolhermos deve expressar a nossa essência e assim a nossa confiança e autoestima serão mais visíveis aos olhos dos outros, o que nos será bastante útil no caminho a percorrer para sermos quem aspiramos ser.
Procuremos pessoas, lugares, empregos, cidades, etc., com as quais sintamos afinidade e não forcemos algo que não tem a ver connosco, com a nossa natureza. Se escolhermos uma área de trabalho ou empresa cujo dress code não tem nada a ver connosco, talvez faça sentido analisarmos opções mais adequadas. Caso contrário, mais tarde ou mais cedo iremos nos sentir ansiosos e em conflito connosco próprios, pois não é nada saudável passarmos o dia de trabalho a contar os minutos para podermos mudar de roupa e vestirmos algo com que nos sintamos mais confortáveis.
Tentemos não copiar ninguém pois somos seres únicos e é essa unicidade que nos torna interessantes. As outras pessoas podem nos inspirar, mas nunca ao ponto de perdermos o nosso caminho e identidade, na ânsia de sermos e mostrarmos ser alguém diferente do que na realidade somos.
Aceitemos as nossas qualidades e os nossos defeitos e sejamos nós próprios, sem cópias ou imitações.
Ao alcançarmos esse patamar de aceitação e identidade, a imagem que transmitirmos terá um efeito positivo nas outras pessoas e – mais importante que tudo – em nós próprios.
Autora | Alexandra Lopes
Gestora de Imagem e criadora do método SER + PARECER = VENCER ®
Fotografia | Anastacia Cooper