Aquecimento ou Arrefecimento Global?
Adeus verão fresquinho
Enquanto o resto do mundo anda “a braços” com o aumento médio das temperaturas do ar, aqui em Portugal, pelo menos este verão de 2021, o meu sentimento vai no sentido oposto. Em contra corrente e, por mais ridículo que possa parecer, nestes últimos 3 meses só me veio à cabeça foi o arrefecimento global. Ao escrever estas frases “polémicas”, tenho a perfeita noção que, neste momento, muitos me chamarão de louco. Encaro isso com normalidade (e talvez tenham toda a razão), é apenas mais um dos muitos exemplos em que o meu pensamento não está alinhado com o da maioria.
Tal como muitos Portugueses, este ano, de forma a aproveitar da melhor forma possível os feriados de junho, tirei uma semana de férias. Com os “santos proibidos” e sem grande imaginação, óbvio que o destino foi o Algarve e você como leitor assíduo da Draft World Magazine, lembra-se perfeitamente dos vários artigos que escrevi bebendo da inspiração algarvia… Não? Então refresco-lhe a memória: (clique nos títulos para ler os artigos)
► Portugal: O ponto de encontro
Caso não tenha lido algum deles, não se preocupe, provavelmente a sua vida continuará a ser feliz, e quanto a nós, amigos na mesma.
Na altura ainda nem no verão estávamos, mas mesmo assim o clima esteve fantástico durante toda a semana, nuvens nem vê-las, tardes de muito sol com temperaturas na ordem dos 26º a 28º sendo que o vento foi raptado. Escusado será dizer… Praia todos os dias! Para primavera, claramente as temperaturas estavam um pouco acima da média.
Após essa semana, os calções, t-shirts e chinelos não mais viram a luz do dia, assim o trabalho exigiu. Mas ao contrário do que esperaria, principalmente em julho e em agosto, não se teve mal de sapatos de couro, "jeans" e camisa, raros foram os dias em que senti a humidade a apoderar-se das minhas costas. Quanto ao bronze… Óbvio, já era! Em jeito de balanço, a minha ventoinha só foi usada 2 ou 3 noites, zero horas dormidas na banheira, não me estou a recordar das famosas noites tropicais que muitas olheiras me ofereceram noutros verões. O facto de viver a um quilómetro do mar certamente contribuiu, aposto que a malta do interior está-me a insultar (e com razão). Amo os aparelhos de ar condicionado, mas não tenho nenhum… Porquê? Depende, quer uma resposta politicamente correta? Ou a verdade?
Politicamente correto: razões ambientalistas, a bem do planeta e da camada de ozono.
A verdade: Tais aparelhos têm tendência a causar fermentações exageradas e indesejáveis na conta da eletricidade.
Segundo os especialistas e passo a citar:
“As temperaturas ligeiramente mais baixas que se fizeram sentir este verão em Portugal foram devido a uma depressão sobre a Europa central e ocidental e uma massa de ar quente estacionada na Grécia e Balcãs que deixaram uma parte da Europa mais fresca, enquanto, ao mesmo tempo outras regiões batiam recordes de temperatura”.
Agora, em setembro, altura em que os “menos ricos” (a forma mais simpática que encontrei para me caracterizar) podem finalmente ir de férias, o que acontece? Uns dias chove, noutros o sol só vem dar um beijinho rápido e vai-se logo embora e, nos dias em que o céu azul e calor prevalecem, o vento vem fuzilar a esperança. Mas há que tentar ver com algum positivismo, pelo menos tive direito a uma série de boas exfoliações.
Oficialmente o verão acabou, mas ficou-me na boca um certo amargo, a praia contraiu uma dívida para comigo, espero estar psicologicamente preparado para enfrentar mais um inverno.
Se não virem nenhum texto meu durante algum tempo, já sabem a explicação!